terça-feira, 6 de março de 2012

A Urgência Torturante


Às vezes uma impressão, não menos que incômoda, indica que estamos sem tempo, com uma urgência danada!

Há o compromisso assumido, a data, a hora, enfim, aquilo com o que nos vinculamos de modo responsável aqui no mundo das formas.

Sentir regularmente urgência na vida, como se estivéssemos caminhando para a forca; como se todos os dedos apontassem para nós... Uma ânsia, tensão, pressa, intolerância... “anda logo, anda logo”... “o farol abriu, vai!”...

Há urgência como se tudo fosse acabar no minuto seguinte, mas de um modo muito desconfortável. Pressa, correria, desgaste, desejo incontrolável de consumir e digerir informações e mais informações, desejo desesperado de controlar...

Se “vivermos este dia como se fosse o último”, é possível que ao considerar a fugacidade da vida, melhor empreguemos nosso tempo e disposições... Perceberemos o quanto distorcemos as importâncias atribuídas...

Mas não é essa percepção. É o hábito de sentir urgência, pressa, ânsia.

Não é preciso de pressa para viver... Muitos momentos fantásticos passam despercebidos porque estamos muito ocupados e tensos para percebê-los...

Muitos momentos fantásticos são percebidos apenas se você diminuir o ritmo, relaxar um pouco, der uma arejada na mente... Assim poderá perceber detalhes da paisagem, belezas da vida...

Algo fantástico: ter a humildade de assumir que, muitas vezes, somos nós que criamos emergências.

A vida permanece em um fluir harmonioso, e assim prosseguirá. Quer caminhemos o caminho suave ou quer tentemos o tempo todo, afoitos, ansiosos, tensos, chegar a algo com urgência, ao final, nenhum de nós ganhará uma medalha.

Gentilmente perguntarão:

“Apreciou o passeio?”

Que sua vida seja uma viagem maravilhosa, com aventuras, romances, mistérios e muita realização.

Abraço, do amigo Lucius Augustus, IN.

2 comentários :

  1. Simples e preciso. Amo vc amigo Lucius.

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  2. Querida amiga, obrigado por acolher estas linhas com tamanha disposição!

    Obrigado por me possibilitar participar do seu momento!
    Amo você amiga Márcia.

    Abraço,

    Lucius

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